Osmar Terra fala sobre filiação ao PL e critica STF: "o Brasil está vivendo uma anomalia"

Osmar Terra fala sobre filiação ao PL e critica STF:

Foto: Marcelo Oliveira (Arquivo/Diário)

O deputado federal Osmar Terra oficializou recentemente sua filiação ao Partido Liberal (PL), após quatro décadas de trajetória política dentro do MDB. Em entrevista a Bom Dia, Cidade!, da quinta-feira (14), o parlamentar justificou a mudança como um alinhamento ideológico com as pautas defendidas pela nova sigla, além de tecer críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, compromete a democracia do país.


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Mudança de partido

Foram 40 anos de trajetória política no MDB. Dentre os cargos, com a filiação, somam-se sete mandatos de deputado federal e quatro anos à frente do município de Santa Rosa, na região noroeste do Estado. Em 2025, fez a mudança de partido no que chamou de uma questão de "afinidade":

– Eu já estou na bancada do PL. Tenho mais afinidade com o que o partido propõe, como a luta contra as drogas, o empreendedorismo e o desenvolvimento capitalista do Brasil. Minha visão de mundo está muito mais próxima do que o PL defende hoje – afirmou Terra.

Terra revelou, também, que a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em que foi ministro da Cidadania, influenciou na decisão:

Fui ministro do Bolsonaro com muito orgulho. Ele me convidou sem nenhuma interferência partidária. Não me exigiu nada, na época, em termos de posição política. Ele me acompanhava há muito tempo, me respeitava, e queria que eu fosse trabalhar com ele. A forma do convite foi algo que me impactou muito.


Críticas ao STF

Entre as pautas defendidas, agora com o novo partido, o deputado federal citou a "redemocratização do país". Ele acusa o Supremo Tribunal Federal de desrespeitar decisões do Congresso Nacional.

– A pauta é a redemocratização do Brasil. Por incrível que pareça, estamos vivendo um momento de não democracia. Quando a Câmara, com 383 votos, decide não aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), e um único ministro do Supremo, sem nenhum voto, determina o contrário, que democracia é essa? – questionou o deputado.

Terra citou, ainda, a decisão da Corte sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas como um exemplo de interferência do Judiciário no papel do Legislativo:

– O Brasil está vivendo uma anomalia que eu nunca tinha visto. O STF, sem nenhuma autorização da população, assumir o poder maior da República e mandar em tudo. Isso não é democracia e nunca será.


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